sábado, 4 de abril de 2015

SEMANA SANTA NA SANTA PAZ DA CIDADE DE VIANA DO CASTELO.

            


  Assistia, na tranquilidade da paz que obriga a maioria dos idosos no crepúsculo da vida terrena à passagem no canal público da tv do serviço de notícias com início às 13:00h. Dois temas tiveram a primazia noticiosa: ainda o apagamento do cineasta portuense (e adepto convicto do Futebol Clube do Porto) Manoel Oliveira e, obrigatoriamente, a Semana Santa.

              É da semana da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e Páscoa dos cristãos católicos que pretendo falar; não propriamente pelo que representa para os crentes na sua opção religiosa, mas relativamente aos efeitos colaterais que causa nas pessoas as ações e atos que dela, e por ela, acontecem na sociedade civil, tenham ou não ligação às manifestações públicas que ocorrem nesta semana especial.

              É um facto que à cidade de Braga (cito a notícia) convergem inúmeros forasteiros para participarem ou conhecerem uma das mais antigas e impressionantes celebrações da Semana Santa. Braga, acolhe uma multidão de estrangeiros e as ruas transformam-se em autênticos formigueiros e o comércio, de uma forma geral, aplaude satisfeito. Um pouco por todo o país, com mais ou menos visibilidade, poucos ficam indiferentes e procuram nas fraldas da onda a espuma que puderem.

             E em Viana do Castelo? 


                    Exposição nos antigos Paços do Concelho

             Foi a reportagem sobre o "bife da páscoa" que decorre, ao que ouvi, numa localidade do concelho de Viana do Castelo vai para 25 anos, que me despertou a vontade de me deslocar à nossa cidade sede de distrito, capital do Alto Minho, Princesa do Lima ou Viana da Foz do Lima, ou mesmo Vianna que já foi, para me inteirar o que por lá se estava a fazer e a afluência de visitantes, fossem de dentro ou de fora. Decorria o início da tarde, entre as 14:30 e as 15:30 horas, dia de sol esplêndido, um verão temporão, agradável de passar abrigado dos seus raios.

                                      Largo da Matriz - Viana do Castelo

                                                Rua do Anjinho

                                                    Rua do Poço

                                Rua Grande, lado nascente.

             Não nego que não era um sábado igual a tantos outros porque mais gente de  outras origens andava por ali: nas ruas do "casco antigo", nas esplanadas a coberto de guarda-sóis, nas mesas exteriores de restaurantes, na foz do Lima, nas imediações da Praça da Liberdade,  raros no jardim público da marina mais na ala principal do café Girassol. Aqui, numa feira com tendas e toldos encontrei a única iniciativa organizada dos espaços por onde andei. Nos altifalantes, música de compacto.

                            Avenida Camões (Jardim Público) Viana do Castelo.   



                             Rua Gago Coutinho e Santa Luzia

                                          Esplendor na relva...     


            Havia uma exposição aberta nas arcadas da antiga câmara da Praça da República, onde podia ser visitado o Museu do Traje. Ao lado, estava encerrada e por isso vedado o acesso à Igreja da Misericórdia, uma jóia bem guardada, Venham cá noutra altura, talvez esteja acessível. Vou pela Manuel Espregueira, sem atropelos ou zig-zag por entre passantes. Estou em S. Domingos e o Beato Bartolomeu só não está só porque a mula também está fixa em cima do pedestal. Duas crianças brincam com uma bola junto à porta fechada do recentemente restaurado Museu Municipal. Estaria acessível a porta da Rua General Luís do Rego, do lado norte?

                    Museu Municipal em S. Domingos


                   Fiz, a seguir, o sentido inverso. Passei junto ao belo edifício Art Deco onde está instalada a pastelaria Dantas, que já foi famosa nas amêndoas da Páscoa e fabrica agora também uns jesuítas que são pecado não remível a quem lá passar e não provar. Perto da Avenida dos Combatentes parei um pouco a mitigar tempos idos com parceiro de curso na Industrial e Comercial, da Praça General Barbosa, o Manel, do tempo dos bancos sérios e, estava nesta, vejo aproximar-se a Filomena colega na Academia Sénior, do IPVC. -Boa Páscoa, até à semana, passo por detrás do Caramuru sem olhar para as "costas" da Catarina a seu lado, entro na Rua da Bandeira, tomo uma estreita transversal que leva à moderna  Praça 1º de Maio, desço ao Parque, introduzo o cartão de alojamento da viatura na ranhura da coletora, entra uma moeda de 2€ para pagar 1,45€, cai do troco uma de 50 cêntimos, 5 cêntimos deviam ter adormecido profundamente porque nem dois murros bem aplicados os fez sair; nem fiz reclamação para não me chatear mais do que estava pois cria  que aos fins de semana o parque não se pagava. Cheguei à paz dos mortos vivos do meu Largo em vinte minutos pela estrada velha 202, tomei café na esplanada do Arezes, fiz uns bonecos do local para documentar o que todos sabem, e aqui estou a terminar este périplo pascal não programado no meu habita natural, feliz por não ser um dos alarves que engole SETE !!! "bifes da páscoa" num só almoço, com o louvável propósito de se ver perdoado da gula de um imperador romano num bacanal só porque, este ano, quanto mais enfardarem mais lucra uma associação de natureza social de Viana do Castelo, cuja designação não me ocorre no momento.

                                                Foz do Lima, na Praça da Liberdade

                            Monumento à Liberdade do escultor José Rodrigues

 Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, a partir da Praça da Liberdade




                               
                                                 Zona turística da antiga doca seca



                                           Rua da Picota, que leva à Praça da República

                                  Montanha de Santa Luzia, a partir da Avenida

                                 Lugares livres.

                                Início nascente da Rua Manuel Espregueira



                              Encerrado.

                            Pastelaria Dantas, bela por fora, doce por dentro

                              Viana antiga, Viana nova.

 Pode entrar. Nós estamos abertos.

                        Entrada da Rua da Bandeira, a partir da Praça da República.

                                             Condições para todas as idades

                                         Praça 1º de Maio. Conheci o local bem diferente.

                               Sorry. Closed.

                              Bandeira alcatifada.
 
 LANHESES: Largo Capitão Gaspar de Castro
            

                  QUE SEJA UMA SANTA PÁSCOA PARA NÓS TODOS; E COMAM À VONTADE CARNE DE BOVINO PORQUE DE COELHO, JÁ BASTA!

Fotos; doLethes
Remígio Costa
           

            

           

              

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