A distância entre a Lua e a Terra não é uniforme pelo que umas vezes fica mais perto de nós, e diz-se que se encontra no perigéu e, quando está mais afastada designa-se por apogeu. Também se aprende na escola que esta variação de distância do nosso satélite condiciona o movimento das marés, como principal efeito. Em média, a distância anda à volta de 380 000 km e, ontem, noite de Lua Cheia, encontrando-se 110% abaixo do perigéu médio, o seu brilho deveria ser 30% superior ao habitual e 14% aparentemente maior o seu tamanho, caso a visibilidade o permitisse confirmar. O fenómeno, se assim se pode considerar, aconteceu já no mês de Janeiro e voltará a ocorrer novamente em Setembro próximo.
É apenas uma curiosidade da natureza porque na fase da lua cheia e com visibilidade perfeita, a lua aparece-nos de uma maneira muito mais espetacular nos meses de Janeiro e Agosto de cada ano, variando muito o seu tamanho e também a sua natural beleza em razão do momento e romantismo de quem a contempla.
A noite de ontem não era especialmente favorável à contemplação da inspiradora dos poetas e testemunha conivente de incontáveis amores e segredos íntimos. Foi fugaz o tempo em que se deixou fotografar já para além do momento preciso do seu esplendor, mas apesar de se mostrar esquiva e púdica lá abriu o véu e deixou que a fotografasse.
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