Há já largos dias que não se avistam por estes arredores as cegonhas-brancas com ninho construído no cima chaminé do edifício da antiga casa do povo. Tudo indica que terminaram o ciclo de criação no habitat que escolheram pelo quinto ano consecutivo e abalaram para os climas quentes do sul cumprindo o ritmo natural da sua espécie.
O fato em si nada tem de novo e não justifica notícia não fosse a curiosidade de ver crescer no avantajado amontoado de paus um frondoso ramalhete verde, evidenciando claramente que está ali a crescer uma árvore ainda não identificada mas com características das que proliferam na zona húmida do Parque verde, talvez salgueiro ou amieiro, por serem as mais correntes e quiçá de gestação mais espontânea.
Não me parece que as aves irão gostar do que virem quando regressarem. Se a árvore vier a tomar uma dimensão exagerada, dificilmente irá resistir aos ventos fortes do inverno e, ganhando raízes arrastará na queda pelo menos parte do ninho. Mesmo que isso não aconteça, constituirá um estorvo para as "aterragens" e "descolagens" que as aves fazem no local na época de reprodução.
A história ainda agora começa.
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