LANHESES E AS SUAS PREMÊNCIAS
Está prestes a iniciar-se um
novo ciclo na gestão autárquica da freguesia de Lanheses parecendo ser este o
momento mais oportuno para se fazer uma elencagem dos empreendimentos e medidas
cuja resolução muito beneficiaria a população lanhesense, alguns dos quais
constam das intenções divulgadas no
folheto da campanha eleitoral da lista vencedora mas sem que se tenha avançado
com um plano pormenorizado e sobretudo vinculativo quanto ao empenho na sua
efectiva concretização no tempo.
Numa reflexão pessoal sobre o
que de mais relevante poderá vir a ocupar o novo executivo no decorrer dos próximos
quatro anos do seu mandato, faço uma
descrição das prioridades que julgo possam merecer concordância da maioria dos
meus conterrâneos.
I – A EROSÃO DA
MARGEM DO LIMA.
Em princípio, esta obra
necessária e urgente, já deveria ter sido concretizada. Tem plano de execução
aprovado e verba de 240 000€ inscrita para a custear que está a aguardar há
mais de um ano “visto” para ser desbloqueada. Não são do conhecimento público
as causas reais do atraso no início da requalificação da zona ribeirinha, no
sítio da Passagem, correndo-se o risco de, quando estiver em vias de ser
iniciada a obra, já estejam alterados
alguns dos dados que serviram para a elaboração do projecto aprovado e que o processo volte à estaca zero.
Coloco esta obra em primeiro
lugar apenas porque o processo para a sua construção estará preso por detalhes.
II – SANEAMENTO
BÁSICO.
É, sem dúvida, o
empreendimento mais premente a encarar e a intentar resolver. Talvez o mais
problemático de concretizar, em atenção a que mais de metade da rede total da
freguesia está por fazer e o grande investimento que envolve a sua
implementação. É, apesar de tudo, uma situação injusta e desigual para grande
parte da população da freguesia, merecendo ser colocada à frente de qualquer
outra necessidade. É uma “nódoa” na equidade dos direitos de acesso dos
cidadãos à fruição de serviços essenciais de que, actualmente, apenas uma parte
beneficia.
III – FEIRA QUINZENAL
Realiza-se em Lanheses há mais
de dois séculos e, contrariando a morte lenta que lhe têm vindo a diagnosticar
desde há muito tempo, continua a (sobre)viver e a resistir ao desinteresse e
abandono a que tem sido relegada.
Expulsa há anos,
sub-repticiamente e com a promessa de que voltaria após findas as obras de
requalificação ao seu lugar natural, o Largo Capitão Gaspar de Castro, resiste
desde então, desconfortada e insatisfeita, nas costas dele. Mal vista pela
vizinhança, qual exilada clandestina incómoda, vai gerando vitalidade
suficiente para se manter nestas deploráveis condições. Não sendo realista na
actual situação económica do país (e da Câmara) criar um espaço próprio e com
condições para o seu funcionamento em prazo razoável, que todos desejaríamos
acontecesse, só o regresso ao habitat onde decorreu durante anos satisfaria as
suas melhores potencialidades. Ganhava o comércio local, crescia o estatuto de
liderança da freguesia no comércio rural e estimularia a produção de produtos
agrícolas da agricultura familiar.
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Assumidos como prioritários, os objectivos
acima referidos, merecerão empenho diligente dos novos autarcas alguns mais com
importância significativa para as necessidades e aspirações da freguesia.
IV – CEMITÉRIO
A curto prazo o actual
cemitério, mantendo-se as regras legais e tradicionais para os enterramentos e gestão
das sepulturas, que não se perspectiva possam ser alteradas a curto prazo, o actual “campo santo” tornar-se-á exíguo para
as necessidades da freguesia dentro de breve espaço de tempo Há, pois, que tomar atempadamente as medidas
necessárias para sanar problemas futuros que o Executivo cessante já terá
iniciado.
V – MELHORAR O ASPECTO DA SEDE DA JUNTA
O edifício sede da Junta evidencia
um aspecto exterior deplorável! São necessárias obras urgentes de
requalificação que assegure a dignidade devida
a um dos mais emblemáticos
edifícios de Lanheses, onde se guardam as memórias de infância de muitos
lanhesenses que ali aprenderam a ler e a escrever. A competência é da Câmara
Municipal e à Junta incumbe diligenciar para que ela faça rapidamente o que lhe
compete.
(Continua em mais dois post)
Outubro/2013
Remígio Costa
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