NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO PATRIMÓNIO MINEIRO DE ARGA E LIMA.
Numa
oportuna quanto interessante iniciativa, a Direcção da Escola Secundária, que
integra o Agrupamento de Escolas de Arga e Lima, sediado na Alameda 25 de Abril,
em Lanheses (Viana do Castelo), inaugurou na passada segunda-feira, dia 15 de
Outubro, um núcleo museológico do “PATRIMÓNIO MINEIRO DE ARGA E LIMA”, com a
finalidade de recuperar e perpetuar a época frenética da exploração volframista
nesta região nos anos da deflagração da II Grande Guerra Mundial de 1939-1945.
O núcleo
agora inaugurado foi instalado numa dependência anexa da antiga Casa da
Barrosa, que estava condenada à demolição dado o seu estado de degradação e ruína
eminente, tendo mesmo sido sugerida a sua demolição pela ex-ministra da
Educação Maria de Lourdes Rodrigues numa visita realizada ao tempo em que estava em
funções no Ministério da tutela, ideia que o presidente da direcção da Escola,
Manuel Agostinho Sousa Gomes, rejeitou liminarmente optando pela sua
requalificação tendo em mente o seu aproveitamento para os fins agora
realizados.
Situada no
lado nascente da cerca da Escola, a antiga dependência agrícola da Quinta da
Barrosa é constituída por três espaços interiores, dois
dos quais destinados ao núcleo e um para servir de apoio a outras actividades do Agrupamento. No
exterior, foi construído um minianfiteatro.
A entrada dá
para uma sala ampla, com travejamento em vigas de madeira, dispondo de uma
rampa de acesso interior que leva ao espaço menor onde se situa a cozinha com
lareira e chaminé tradicionais nesta região. Nas duas dependências estão já alguns
testemunhos relacionados com a exploração do volfrâmio nesta região alargada às
freguesias circum-vizinhas, na forma de ferramentas, vestuário, fotografias,
hábitos alimentares, documentos, relatos escritos e um televisor para a passagem de vídeos. A
recolha das memórias é dinâmica pelo que
outras serão ali patentes à medida que foram disponibilizadas pelos seus
detentores.
A
requalificação efectuada preservou a rusticidade das paredes interiores e
exteriores mantendo-se a telha na cobertura. A localização perto de um amplo
espaço com árvores de fruto (“laranjal”, como é internamente designado) dá-lhe
o necessário enquadramento rural e sustenta a harmonia do conjunto.
Pelo que foi
dito no local pelo director do Agrupamento, Agostinho Gomes, o investimento, relativamente
reduzido para a relevância do fim a que se destina, foi gerido, “ao cêntimo”. –Para nós,
um tostão é um milhão, diria.
Se a
instalação do núcleo veio enriquecer o património cultural e a oferta educativa
aos alunos e à população em geral, mantém-se ainda pendente a resolução de duas
aspirações de tomo: a aquisição do edifício da antiga Casa da Barrosa, devoluto
mas propriedade privada, e, a edificação no já citado “laranjal” de uma antiga
mas cada vez mais necessária aspiração local que é a piscina.
O desafio já
está há muito lançado. Têm a palavra as entidades locais e concelhias.
As fotografias abaixo respeitam à inauguração efectuada no dia 15 deste mês.
A casinha esta muito bonita, mas a chaminé toda branca estraga o conjunto.Que pena!
ResponderEliminarCaro Remigio Costa, e sempre de louvar, apreciar, e aplaudir iniciativas como esta. Tambem e de louvar a maneira como estas a conduzir o teu blog com a necessidade de desenvolveres a rubrica "Camara oculta" . Ha sempre uns "achados" muito engracados.
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