sábado, 11 de fevereiro de 2012

A PACIÊNCIA DO RIO (LIMA) LETHES.


                       A tranquilidade dos justos num rio de paz e encanto

     O rio Lima é, a maior parte do ano, tranquilo e pacífico deslizando no seu leito de areia fina com a suavidade de uma carícia no rosto da pessoas amada, beneficiando do suave desnível do Vale do Lima pelo menos entre Ponte de Lima até à foz. E isso justifica até certo ponto que as suas margens feitas de areia onde crescem salgueiros, amieiros e carvalhos, mantenham o seu caudal mais ou menos circunscrito sem que, todavia, por acção da mudança de direcção das correntes mais fortes das épocas chuvosas, se alterem as configurações dos seus limites, encostando ou à margem esquerda ou à direita conforme o capricho da corrente.

             
Há anos que, o Lima, no sítio da Passagem passa, na margem direita, perto do caminho da veiga aproximando-se cada vez mais dele, "devorando" a facha de paúl ali criada há muitos anos e se prolonga, e alarga depois da Ponte de Lanheses, até entrar nas terras de Vila Mou. Num local a que aqui já fiz referência, nota-se já um autêntico rombo no banco arenoso da margem, reduzindo a uma estreita parcela de terreno a distância que o separa do caminho há pouco tempo calcetado a paralelipípedos. 


            
        Sabe-se que as entidades responsáveis pela requalificação e vigilância das condições que ali se verificam há anos a esta parte, têm planos de fundo para eliminar a deterioração e agravamento dos estragos ali ocorridos, mas, como em quase tudo que depende da máquina burocrata estatal, o problema tarda em iniciar o processo de resolução. E, se antes não eram parcos os argumentos para o adiar, agora basta invocar a crise portuguesa e até europeia para encontrar o bode expiatório que carrega sempre a culpa para esta não ficar solteira.






              CAMPOS SEMEADOS DE GEADA NÃO SÃO MUITO DE AGRADO DE CULTURAS E PASTO.

1 comentário:

  1. Não sou de todo um fundamentalista mas, a Natureza tem coisas caprichosas! Aproveitando a burocracia inerente ao ser humano (seu apanágio), a citada, tem destruído a margem, como o Sr. Remígio diz e muito bem, mas ao mesmo tempo está a criar um areal, ou seja, uma pequena praia fluvial onde, vou ser sincero, já dei bastantes e bons mergulhos! O que no início era um pequeno buraco, hoje em dia transformou-se numa pequena praia e muitos são os lanhesenses e forasteiros que a utilizam por alturas do Verão.

    É caso para se dizer que, não o diabo, mas a Natureza, tanto tapa como destapa...

    Vamos, vendo por este prisma, aproveitando a inércia humana e deixar a Natureza consertar aquilo que desconsertou!

    Óbviamente não estou a condenar uma hipotética intervenção humana no local!

    Sérgio Moreira.

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