No topo da palmeira
Perante a impossibilidade de reconstruir o ninho que pela primeira vez há oito anos (desde 2010) levantaram no cimo da chaminé do edifício da antiga Casa do Povo, onde criaram sucessivas gerações com mais de duas dúzias de filhotes , o casal de cegonhas brancas, sr. Lima e dona Lala, parece estar em vias de se instalar noutro local perto do anterior no centro urbano desta freguesia. Terão encontrado no cimo de uma palmeira morta existente num logradouro particular (moradia de Rosa Maria Correia Pinto, com fachada para o Largo Capitão Gaspar de Castro) a alternativa possível, já tentada nos anos passados por outros casais que acabaram por rejeitá-la.
Ao que me tinham informado as cegonhas brancas pioneiras nesta localidade já tinham sido avistadas na último semana voando em círculo por cima do local onde tinham construído o lar inicial, laboriosamente e desafiando as leis do equilíbrio de fazer inveja aos mestres de engenharia, a enorme estrutura formada por paus e musgo, tentando pousar sem o conseguirem . Como não pude dar pela presença das aves nos dias que se seguiram, imaginei terem elas desistido e tivessem ido à procura de condições de se fixarem noutras paragens. Hoje, cerca das 12 horas, tive oportunidade de ver, relativamente a pouca distância, um casal em movimentos cerimoniosos e emitindo o som característico, no topo da referida palmeira, tendo ficado convicto de que se tratava de casal desalojado depois de reconhecer as atentar e comparar nas caracterísitics mais evidentes.
Será que vão ficar?
Na chaminé da ex-Casa do Povo (2016)
NO TOPO DA PALMEIRA (2017)
Obstáculos inultrapassáveis na chaminé
Fotos: doLethes
Remígio Costa
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