OUTONO
Outono é tempo de poetas
Cenário preferido de pintores
De abrir velhas arcas secretas
Dar asas aos sonhos e lembrar
amores.
De ver nascer o Sol a cada dia
A matizar as folhas a cair
Das árvores onde resta a melancolia
De um corpo que foi belo, por
cobrir.
Outono dos poentes de fogo
Pela tarde quando o dia cai no
mar
E com a cabeça posta no teu colo
Ouço o som melódico das ondas a espraiar.
No crepúsculo da noite que se
apressa
Faz-se de estrelas o Céu profundo
Donde irradia luz que é promessa
De ser a paz de outono lei do
mundo.
2015.09.25
Remígio Costa
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