José Maria Costa, ladeado por Souto Moura e Flora Silva, no descerramento da lápide comemorativa.
Viana do Castelo dispõe a partir de hoje, domingo, 14 de Julho, um novo espaço vocacionado para actividades culturais, desportivas, económicas e sociais, enquadrado numa zona ribeirinha de singular beleza paisagística e ambiental a escassa distância do centro histórico urbano da cidade.
A inauguração teve a participação de personalidades da administração autárquica local e de algumas localidades do distrito, autoridades civis e religiosas, agentes económicos e da vida associativa da cidade e outras figuras públicas que já não estão no exercício de cargos ou funções que detiveram.
O presidente da Câmara e Manuela Machado.
O início da cerimónia foi dado às 11:00h, com o desfile das 36 associações culturais de Viana do Castelo, na presença do presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, o qual estava acompanhado do vice-presidente Vítor Lemos, dos vereadores Luís Nobre e Maria José Guerreiro, além de outros, tendo posteriormente chegado ao local alguns presidentes de câmara da CIM (Comunidade Intermunicipal do Alto-Minho), dirigentes dos estabelecimentos públicos de ensino como Rui Teixeira, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a actual presidente da assembleia municipal, Flora Silva, e o que a antecedeu. Não estiveram presentes o antecessor de José Maria Costa na presidência da câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, o iniciador do projecto, nem outros influentes membros do CIM, como Rui Solheiro, de Melgaço e António Araújo, de Arcos de Valdevez.
Como convidado especial esteve presente o arquitecto que concebeu o projecto, o celebrado e premiado Souto Moura, o qual, se juntou ao presidente José Maria no descerramento da placa comemorativa da inauguração do equipamento, após o qual o anfitrião proferiu uma curta alocução para saudar os presentes, enaltecer aqueles que intervieram no seu levantamento, historiar as dificuldades económicas que tiveram que ser superadas para concluir o Centro e para valorizar a participação do "prémio Nobel" da arquitectura nacional, Souto Moura. Manifestamente feliz, o laureado projectista proferiu algumas palavras de agradecimento e de muita satisfação por ali estar e ter contribuído para a superação das contrariedades que se operaram no decurso do empreendimento.
Um conterrâneo amigo no meio da multidão. Outro, na imagem abaixo.
Grande plano do presidente do IPVC, dr. Rui Teixeira
Imagens do interior do Centro (a seguir).
"Actores" improvisados colaboram numa encenação teatral na sala de imprensa, no decorrer da visita.
A seguir: vista do Centro Cultural do lado do estuário do Lima (sul).
Terminada a apresentação, toda a comitiva das personalidades e o numeroso público que presenciou o acto simbólico, iniciaram uma visita ao interior do, definitivamente, baptizado de Centro Cultural de Viana do Castelo, o qual principiou por ser designado de "Coliseu", seguidamente de Pavilhão Multiusos, tendo oportunidade de percorrer alguns dos espaços interiores do imponente complexo com funções culturais e afins.
Numa breve descrição merece realce a visibilidade que oferece a partir do interior da cidade e do estuário do Lima em virtude da aplicação de vidro em todo o perímetro do pavilhão. A amplitude, as linhas simples e rectas, bem como o tom acastanhado da madeira das bancadas são muito bem aceites pela suavidade e combinação. Os quatro mil espectadores que pode comportar não terão quaisquer problemas de visibilidade nos espectáculos que ali podem ocorrer nem ao seu acesso.
Do ponto de vista estético e arquitectónico Viana do Castelo ganhou mais uma referência valiosa assinada por um dos mais notáveis génios da especialidade, a que se adicionam os nomes de Siza Vieira e Fernando Távora, que assinaram as demais obras existentes na mesma área.
Não haverá perdão para Viana do Castelo se se não souber tirar o devido proveito de um investimento que ultrapassa os treze milhões de euros (a cultura terá que ser "espremida" durante muitos anos para reverter a linha do gráfico que explique a envergadura dos números), aos quais terão que ser somados os gastos com a sua manutenção. Muitos congressos, concertos, festivais, exposições, feiras, mostras, eventos desportivos e reuniões ali deverão acontecer para que ninguém lamente o mínimo excesso que poderá apontar-se na criação deste Centro Cultural.
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