segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
A MISTIFICAÇÃO DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS.
Até há meses atrás, rara era a semana em que os preços dos combustíveis não eram aumentados . Às vezes, até mais do que uma vez. Numa tentativa de iludir o impacto junto dos consumidores, de quando em vez era anunciada uma descida na tabela, sempre abaixo dos aumentos estabelecidos anteriormente.
A pretexto de que o mau tempo no Mar do Norte ameaçava isolar a plataforma onde o grude se extrai do fundo do mar, do incêndio de um poço americano no mar das Caraíbas, da sabotagem de um pipe-line no Cáucaso, o estranho naufrágio de um navio tanque aí numa costa algures,da guerra civil na Síria, do recrudescimento das batalhas no Afeganistão, do Bid Laden, da invasão da Síria, do Iraque e da Líbia a pretexto de libertar povos governados por "ditadores" não alinhados, na tensão no Egipto e no diferendo israelo-palestiniano, da prisão de ventre do xeique Mohamed da silva, ou, a revolta dos independentistas do conclave de Cabinda, a desvalorização do dólar em relação ao euro, as bolsas de Nova Yorque e Londres, a que interessa a Portugal, faziam subir a cotação do crude como se fossem verdadeiros os pressupostos acima referidos.
Com o colapso da economia, o grande transporte de mercadorias pela via rodoviária diminui de forma drástica tal como o tráfico marítimo de mercadorias entre continentes. Os abastecedores privados, incluindo aqui as empresas, descapitalizados pela falta de vendas e pela falta de trabalho donde vinham os rendimentos das famílias, contribuem para que o produto não saia com fluência dos tanques das refinarias e os dos postos de abastecimento de combustíveis.
Como a gasolina e o gasóleo não servem para beber, com a falta dos tanques das viaturas junto das bombas com a mangueira a jorrar para o depósito o líquido ao preço do luxo, as petrolíferas alteram a estratégia: como não podem queimá-lo, engarrafá-lo para beber ou despejá-lo no mar como fazem os pescadores quando pescam peixe a mais e a venda não compensa, BAIXAM o preço do produto dourado na tentativa de manter, tanto quanto possível, os escandalosos lucros especulativos.
É a manigância dos senhores do mundo que decidem o destino da humanidade, a lei do dinheiro que não precisa de voz para se fazer sentir a sua presença em toda a parte nem de eleições para colocar nos lugares estratégicos dos governos das nações quem melhor os serve e exerce as suas determinações.
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