Desconheço o tempo que leva de vida para além dos cerca de doze anos em que pela primeira vez me apercebi da sua existência (v.g. referências ao assunto em posts publicados no doLETHES). Era, então, ainda aparentemente saudável, de copa avantajada e frondosa com um ramo a estender-se para além do muro da cerca até à estrada (EM)que passa junto. Competindo com a japoneira gigante à sombra da qual crescera, enfeitava-se profusamente na primavera com belas flores de cor rosa-vivo a contrastar com o verde forte da folhagem.
O tempo, implacável e irreversível, não perdoou ao belo Rododendro, que, ano após ano, foi perdendo ramos da copa, e do tronco robusto apenas resta hoje um esburacado esqueleto; contudo, como prova de vida, sustenta um galho com cerca de dois metros de comprimento, também este no auge da decrepitude cadavérica, que, para espanto de quem de perto o olha suporta na ponta um ramos de folhas verdes e cerca de uma dezena de belas flores, formando um bouquet natural de lindo efeito a apoiar-se no solo.
Para quem desconhecia a existência deste singular Rododendro e possa interessar-lhe constatar ao vivo o que aqui se descreve, pode vê-lo no Jardim da Casa do Paço (TH) no lado direito da entrada ou a partir da estrada municipal (EM) antes de aceder o Largo Capitão Gaspar de Castro vindo na direção de Viana-Ponte de Lima.
Fotos: doLETHES
Remígio Costa
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