Na região a norte do país, o escasso cultivo e subsequente consumo na alimentação corrente da batata-doce não tem comparação com os outros tipos de batatas cultivados e normalmente preferidos na dieta alimentar usual. Há, efetivamente, quem, a par de outras culturas, a produza para consumo próprio em pequena escala na horta do logradouro anexo à residência ou para venda direta no produtor quando houver excedente.
Seja pela natureza do terreno onde foi implantada a raiz, que é importante ter em conta para que se desenvolva e produza, ou por circunstancial aberração genética, digo eu, leigo na matéria, o produto final é, não raro, uma fonte de curiosidade e perplexidade perante a forma, diria extraterrestre, insólita e mesmo fantasmagórica adaptável ao enredo de histórias da banda desenhada que fascina os adolescentes, ou aos filmes de Hitchkoc para adultos apreciadores de emoções duras tão disforme ela é no formato e na múltipla acoplação de nascimentos siameses.
O que aqui estou a divulgar sobre os fenómenos/abortos da batata-doce, tem mais a ver com a disformidade e volume do corpo do que propriamente pela variedade e originalidade da forma; são dois exemplares com cerca de dois quilos cada um, nascidos da mesma raiz e espaço, ao lado de algumas dezenas mais, mas "normais", i.é., sem aberrações notáveis e com tamanho comum às demais espécies.
Agradeço ao meu conterrâneo e amigo José Rodrigues Carvalho, do Lugar do Barreiro, em Lanheses (Viana do Castelo) a cedência para divulgação de mais uma das curiosidades provenientes da bem cuidada e fértil horta do seu logradouro, porque, já em 2017, por esta altura do ano, me facultou para publicitar cerca de uma dúzia desta curiosa, recomendável, e rica em qualidades nutricionais e terapêuticas, batata-doce.
Foto: doLethes
Remígio Costa
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