sexta-feira, 16 de agosto de 2019
BOMBA ACABOU ESTILHAÇADA
Não foi em razão da anunciada suspensão da greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas que a curiosa estrutura da antiga bomba de gasolina, existente no lado ocidental do Largo Capitão Gaspar de Castro, em Lanheses, ou por qualquer ato de macabro terrorismo, se encontra agora reduzida a um fragmentado monte de detritos de cal e cimento, "feita em cacos", para recorrer a uma expressão de frequente uso prático. -Até que enfim, será, provavelmente, a exclamação ou desabafo mais ouvidos de quem visita o espaço e depara com a pala de boné de sol que abrigava as viaturas no abastecimento, ainda inteira, a cobrir os resquícios de uma "implosão" artificial. Não, o esperado, e ansiado, desmantelamento é o resultado da ação de um catrapiler manejado com profissionalismo pelo maquinista Cesário, o qual é localmente também conhecido e responde pela alcunha "Preto", sabe-se lá por quê sendo ele tostado de pele, sim, mas branco de nascença.
O posto de abastecimento do Largo da Feira estava há muito desativado. Outro maior e moderno foi, entretanto, construído a cerca de duzentos metros de distância no lado oriental oposto ao anterior. A obstaculização tenaz e irritante movida nos tribunais pelos últimos concessionários da bomba, que alegavam direito de posse do espaço, e que acabou por não lhes ser reconhecido e decidida a favor da Junta de Freguesia local, retardou quase duas décadas a sua extinção e, consequentemente, a requalificação da área envolvente.
Entre a construção em 1957 e o desmantelamento pelas 12:00 horas de 16 de agosto de 2019, a bomba de gasolina "viveu" 62 anos, sendo que, perto de 20, na situação de "aposentada". Bem bom.
Ah, mas a estória está para durar, que o povo é um alfobre rico de ideias, e em arquitetura urbana , "não há pai". Não será, assim, por carência de sugestões e palpites, isso mesmo, alvitres que o local não virá a ser a oitava maravilha do nosso bem estimado e lindo rincão natal.
Quiçá, um parque de estacionamento, quem sabe...
Trás!
-Ai, está doeu. Puxa, já nem uma "boca" é permitida?
O "destruidor", tipo brasileiro, na cor de pele e no vestir.
fotos: doLethes
Remígio Costa
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Um "comentário" Seria bom entrar em contato com o Lourenco de Almada, negociar a vinda do pelouurinho de volta para o largo da feira e, dar-lhe o nome de planeta Conde de Alamda? Assim corregir os ERROS dos homens do passado?
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