O católico cristão é crente pela Fé. Ter fé é crer no
transcendental, no que está para além das coisas materiais que conhecemos do
que é visível e tocável é querer crer num Ser Criador único de todas as coisas
visíveis e invisíveis, alimentar a fé de que a vida terrena é passageira e a
morte é apenas física e a vida é eterna.
Os católicos cristão invocam Deus para Ele os ajudar
a suportar as agruras da vida ou manifestar-Lhe reconhecimento pelos bens concedidos,
tal como os primeiros povos que habitaram a Terra prestavam homenagem a deuses
desconhecidos muitos séculos antes de Jesus Cristo ter encarnado e ter-Se tornar-se
Homem mortal segundo a descrição da Biblia aprovada pela Igreja de Roma.
Muitas das antigas crenças de raiz católica cristã estão
a ser cada vez mais desacreditadas e abandonadas pela sociedade dita moderna,
virada para o materialismo ateu e apenas confiante nas evidências científicas,
negando a intervenção divina nos acontecimentos que escapam ao saber e intervenção
humana para os quais não têm resposta. Aliás. o conhecimento não interfere invalida a existência de um Criador de todas as coisas...
Alinhavei este simples texto para referir uma
tradição que vem a propósito n este momento e que ainda se mantém em grande parte da população da nossa freguesia, a
qual tem relação com a festa que está a decorrer em honra do Senhor do Cruzeiro
e das Necessidades. Como os mais antigos ainda bem recordam, é comum encontrar muitos
crentes cristãos que acreditam que, quando a imagem do Senhor das Necessidade é retirada
da mísula ou melhor, do retábulo da Capela onde permanece para colocar no andor que seguirá na
procissão da festa, sempre se formariam nesse dia ou semana nuvens no céu e cairia chuva ainda que fosse verão
e tempo de seca. Conta-se entre os mais idosos que nos tempos idos, que poderão
ir até ao fim do século XIX, a procissão com o andor do Senhor das Necessidades
chegou a passar pelas veigas de Vila Mou e Lanheses para implorar ao Senhor o
fim da seca e assim salvar o milho e o grão da espiga que produz o pão.
Seja porque as preces são ouvidas e atendidas
ou por força de coincidência meteorológica que seria sem dúvida excessiva e
ilógica, é uma verdade comprovada que desde que guardo memória das coisas, na
maior parte das quartas semanas dos meses de Julho em que ocorreu a festa em
honra do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades, choveu ou o céu esteve coberto
de nuvens. Há muita gente ainda viva e lúcida que pode atestar a verdade desta
afirmação. Recordo, até, que pelo menos uma vez, estando a missa a decorrer,
instalou-se sobre a igreja uma trovoada muito violenta com chuva intensa e até
granizo se formou e, quando a Eucaristia terminou, estava o céu completamente
limpo! No ano corrente, que todos sabemos tem sido dos mais secos nestes dois
últimos meses dos últimos anos, choveu inesperadamente na manhã da última sexta
feira, depois de uma semana de temperaturas diárias acima da média e que foram
retomadas logo no período da tarde daquele mesmo dia e ainda hoje continuam a
sentirem-se.
Cada
um é livre de pensar e tomar as opções que a sua consciência lhe ditar, ser
crente ou não crente. Ateu se achar melhor. Também têm os mesmos direitos os que acreditam e crêem e
pensam de modo diferente. Nem uns nem outros possuem saber para discernir e
afirmar quem é esclarecido ou ignorante e nada melhor que cada qual guarde para
si o que pensa sem deixar de procurar conhecer a verdade e o fim verdadeiro das coisas.
Acredito na teoria de Lavoisier.Quanto ao resto e paganismo! "respeito as crencas"!
ResponderEliminarad racas,e toods oa defeitos,como eu, todos temos…!