Quarenta e oito horas sem estar algum tempo junto da margem do rio Lima é uma perda que a vida não repõe, por muito que ela dure. Quem gosta, pensa assim.
É ilusão pensar que o rio é sempre igual, porque a paisagem nunca se repete. É verdade que umas vezes as águas parecem paradas e rio adormeceu, mas, logo depois, lenta e suavemente o caudal desliza para cima ou para baixo ao sabor das marés e os barcos acostados ora apontam a montante ora viram a juzante. Sempre igual, sempre diferente.
Esta manhã havia animação na margem direita a montante da ponte e surpreendeu-me o elevado número de canas e apetrechos de pesca espalhados avulso junto aos pescadores que ali se viam. - Concurso?, perguntei ao primeiro do alinhamento. Que não, não se tratava de qualquer competição, apenas de um grupo de amigos da zona do Porto que se juntam periodicamente e confraternizam em locais previamente escolhidos, haja ou não pescado.
Gostei. Eram jovens, de "meia idade" e um ou outro sénior. Não tardaria, já brasas incandesceriam para o churrasco e para as febras.
Há coisa melhor para conviver e passar um bom dia?
- Olá, bonjour. Bonjour, respondi. Era uma casal francês, ainda jovem, a entrar no Parque Verde, depois de um footting junto à margem do Lima.
Domingo bom, para todos. Juntem-se no rio e "espelhem-se" nele com as nuvens do céu.
FOTOS: doLETHES
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