Do citado trabalho, bastante extenso e abrangente, insiro um pequeno extracto no qual é tratado o tema da Quarta-feira de Cinzas que vai ocorrer amanhã para os cristãos católicos, seguindo-se um vídeo onde Filipe Aquino expõe a sua maneira de ver o divertimento nesta quadra carnavalesca.
"No
início da Quaresma, na Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis têm suas
frontes marcadas com cinzas, como os primitivos penitentes públicos,
excluídos temporariamente da assembléia (lembrando Adão expulso do
Paraíso, de onde vem a fórmula litúrgica: “Lembra-te de que és pó…”).
Esse
tempo de penitência é recordado pela liturgia: as vestes e os
paramentos usados são da cor roxa (no quarto domingo da Quaresma,
pode-se usar o rosa, representando a alegria pela proximidade do término
da tristeza, pela Páscoa); o Glória não é cantado ou rezado; a
aclamação do “Aleluia” também não é feita; não se enfeitam os templos
com flores; o uso de instrumentos musicais torna-se moderado.
É
um tempo também favorável para os exercícios espirituais, as liturgias
penitenciais, as peregrinações penitenciais. O mesmo pode-se aplicar a
todas as sextas-feiras do ano, tidas como dias penitenciais como
prescreve o cân. 1250 do Código de Direito Canônico.
O
historiador Sócrates informa que já no séc. V, a Quaresma durava seis
semanas em Roma, sendo três semanas dedicadas ao jejum: a primeira, a
quarta e a sexta. Já no século IV a “Peregrinação de Etéria” fala de um
jejum de oito semanas praticado pela comunidade de Jerusalém, excluídos
os sábados e domingos; o que totaliza os 40 dias de jejum. No tempo de
São Gregório Magno (590-604), Roma observava os 40 dias da Quaresma."
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