Foi uma referência para a cidade de Viana do Castelo em quase três décadas após a sua edificação, estando neste momento em início de desconstrução o prédio de treze andares conhecido por Edifício Jardim ou Prédio Coutinho, reportando ao apelido do proprietário inicial, terminada que está a batalha judicial de vinte e um anos (!!) travada entre os coproprietários ocupantes e a entidade VIANAPOLIS (Sociedade do Programa Polis SA em Viana do Castelo), cuja sustentação da sua existência estava dependente da decisão final favorável da Justiça, a qual foi agora publicamente divulgada. É do conhecimento geral que o Edifício Jardim foi construído com cumprimento de todas as exigências e autorizações legais reunindo a estrutura solidez e qualidade exteriormente comprovada no decorrer dos anos.
É do conhecimento público que a decisão de recuperar o espaço ocupado pelo Prédio Coutinho assenta no pressuposto de que este feria a estética da zona urbana antiga da cidade pela altura e excessiva volumetria, e prejudicaria a candidatura da cidade a património mundial da Humanidade. Acresce, ainda, a intenção camarária de criar no local ora desocupado um novo mercado municipal com diferentes valências, com a curiosidade de ser o segundo precisamente no mesmo espaço, e a poucas dezenas de metros de outro construído de raiz e também demolido que serviu a população vianense durante vários anos, servindo o espaço para construção de apartamentos com vista a alojar os desocupantes do prédio Coutinho e parque subterrâneo de estacionamento.
Calcula-se que os gastos feitos respeitantes ao desenrolar de todo o processo terão atingido os vinte milhões de euros.
Com esta turbulência na zona centenária da cidade é de crer que a velhinha (restaurada) Capela das Almas veja em risco a paz de que goza.
Fotos: doLethes
Remígio Costa
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