sábado, 15 de fevereiro de 2014
UMA OBRA-PRIMA DE PURA ENGENHARIA NATURAL.
Cada vez que passo perto da "habitação" das cegonhas-brancas, levantada no cimo da chaminé do edifício que foi durante muitos anos a Casa do Povo de Lanheses, pergunto-me por que artes de engenharia ela resiste, vai para cinco invernos, à fustigação dos ventos e à inclemência da chuva. Então, nos últimos dias, tem sido tão agreste o clima para a estabilidade do "edifício" que a sua invulnerabilidade é um verdadeiro prodígio de engenharia natural!
O equilíbrio é tão surpreendente quanto o foi o seu início, pois que, quando ali foram colocados os primeiros materiais pelas aves, a ventania de uma noite varreu a plataforma lisa. -Não deu certo, o local é inadequado, sentenciaram alguns. Porém, quem sabia de engenharia estava seguro de que o local era apropriado e teimou na edificação ali, com o sucesso que se conhece e que está à vista de todos.
Não frequentaram a Universidade, não tiveram professores. Andaram milhares de anos a aprender fazendo, até atingirem o grau de Doutor. Nem no prestigiado Instituto de Engenharia Civil trabalham tão eficientes e competentes diplomados em engenharia civil.
(A propósito: julgo que nem de vistoria e de licença de habitabilidade precisaram. E também não estão sujeitos ao pagamento de IMI...)
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