Entre 14 e 18 deste mês, está a decorrer em Viana do Castelo a VI Feira Medieval que se desenvolve nalgumas ruas do Centro Histórico da cidade num perímetro à volta da Sé Catedral e numa parte do Jardim Público na foz do rio Lima.
É na Praça da República que converge a maior afluência de visitantes da Feira e onde ocorrem os diversos eventos do programa. No local estão instaladas algumas tendinhas com ofertas variadas de produtos à vista dos passantes, tentadores, mas são as esplanadas quem mais gente ocupa as mesas sob os toldos riscados de cores e das fitas multicolores que fazem tecto por cima delas.. Figurantes vestidos com roupas de cor castanha e capuz a tapar a cabeça conferem ao local uma ideia generosa de uma época que o certame pretende recuperar.
Nas ruelas e praças (da Erva) à volta o cenário não se apresenta significativamente diferente. Há muitas barracas e cenários que pretendem representar costumes e usos dos tempos idos, mas, outras há que parecem deslocadas para ali das feiras e romarias dos tempos que correm. As mais procuradas ainda assim são as dos produtos comestíveis e bebidas, javali no espeto, doces, crepes, ginginhas (até de Óbidos) e de pequenas confecções artesanais. Sem novidades, originalidade e preocupações com o rigor, o cenário déjá vu deste tipo de animação. No largo fronteiro à Sé e na escadaria de acesso ao interior, convidados e curiosos lotam a praça aguardando a saída dos noivos que ali celebraram o casamento.
Viana não decepciona nem entusiasma...
No tempo que por ali andei a cirandar e a fotografar raras foram as caras conhecidas com que deparei. E andei (e ainda ando) há muito tempo por ali. Um autocarro recebia passageiros vindos dos lados do Porto e já estavam de volta. Na Argaçosa, junto à antiga praça de touros e ao Parque da Cidade (?), mais três aguardavam a hora da partida.
Pouco. Viana merece e pode dar mais. Já tem coração, mas carece de sangue para bater mais forte. Os munícipes podem dar algum. Vá até lá e participe, o tempo ajuda e amanhã é domingo.
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