segunda-feira, 30 de abril de 2012

CELEBRAÇÃO DO "DIA DA FREGUESIA DE LANHESES"

                    O Presidente da Junta de Freguesia, prof. Ezequiel Vale, no momento da sua intervenção.
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               Instituído no ano transacto pela Junta de Freguesia, no preenchimento de uma lacuna há muito requerida e amplamente justificada, decorreu, ontem, a segunda celebração do "DIA DA FREGUESIA DE LANHESES", que envolveu a participação de várias entidades locais e concelhias, bem como de personalidades da área da cultura, política e social.

                D. Lourenço de Almada e Ezequiel Vale, assistem à celebração da missa dominical.
         
   As cerimónias públicas foram iniciadas na Igreja Paroquial, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo da família Ricaldes, ancestral dos Condes de Almada, que se encontra na Capela-Mor do templo, de que se encarregaram o actual representante da família da Casa do Paço de Lanheses, D. Lourenço Vaz de Almada e o Presidente da Junta, Ezequiel Vale. Pelo pastor celebrante e pároco residente da Paróquia de Santa Eulália de Lanheses e de S. Paio de Meixedo, Daniel da Silva Rodrigues, foi dada à concorrida assembleia dos fiéis presentes na missa dominical uma breve explicação da cerimónia, a qual foi sublinhada com uma salva de palmas.

O Doutor Benjamim Moreira fazendo a apresentação do livro "Lanheses a preto e branco".

                Pelas 17 horas, na sala da biblioteca da actual sede da Junta de Freguesia, decorreu o acto solene da celebração do evento, que recorda a data de 29 de Abril de 1793 da assinatura do foral concedido pela Raínha D. Maria I ao fidalgo Sargento-Mor de Infantaria Sebastião Pereira Cyrne Peixoto, Senhor do Padroado de Santa Eulália e do Vínculo da Casa do Paço, decretando a elevação da freguesia a vila concelhia, com a presença de todo o executivo da Junta de Freguesia e respectivos funcionários, representantes das diversas instituições locais e regionais, civis e religiosas, e um número elevado de pessoas que tornaram insuficiente o espaço onde decorreu.

                 Depois da saudação aos presentes de que se encarregou o Presidente da Junta, professor Ezequiel Vale e das palavras que proferiu sobre o significado da celebração da data, chegou o momento porventura mais significativo e marcante da sessão, com a apresentação do livro com o título de "LANHESES A PRETO E BRANCO", um álbum de fotografias antigas comentadas em textos de que se encarregaram autores vários conhecedores do meio a que se reportam, que são testemunho do passado não muito distante dos costumes e tradições da gente de Lanheses, a qual teve a distinta apresentação do Doutor Benjamim Moreira, doutorado em Linguística - Filologia Portuguesa e actual Director da Escola Secundária de Santa Maria Maior, de cujo brilhante momento registo o início da sua intervenção:

      
                 Intervenção de Manuel Paraíso, autor de um dos textos da obra.

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"Agradecer ao Prof. Ezequiel Vale o convite para ler e agora apresentar este livro, isto é, partilhar convosco a minha leitura de um livro que é vosso, que é de todos vós. Trata-se de um atrevimento pois venho de fora da vossa terra mas o livro, o vosso livro é, a partir de agora, também meu pois apropriei-me dele, desculpem o abuso. Na verdade é para mim uma honra poder tornar próprio aquilo que é só vosso. E confesso que gosto muito que me convidem a ler, que me dêem a ler. Eu também gosto muito de dar a ler, de partilhar com os meus amigos as leituras que me impressionam, que me surpreendem, que me dizem algo. Por isso estou contente por estar aqui. Porque gostei muito do livro e porque é uma honra maior estar aqui com os autores da obra: autores dos textos, autores dos retratos, autores da cedência das fotografias, autores retratados nas actividades que no passado mais ou menos recente contribuíram para a identidade desta terra, para a identidade dos Lanhesences. Lanheses tem um rosto e os lanhesences revêem-se nele, re-conhecem-se nele.
        
        Os autores da obra
            Foram muitos os autores e todos quiseram a seu modo fazer perviver, fazer crescer a sua terra. Sabem que a palavra ‘autor’, na sua origem, no sânscrito, quer dizer “aquele que faz crescer, aumentar”, aquilo que hoje chamamos desenvolvimento humano, desenvolvimento social.... E como é que designamos aqueles que tudo fazem para diminuir, apoucar, com palavras ou actos, as pessoas, as terras, os projectos, as ideias? São os detractores. O que distingue, portanto, um autor de um detractor é a presença ou a ausência de uma vontade de valorizar, de crescer, de desenvolvimento humano e social."  
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         Capa e fotos do livro "Lanheses a preto e branco (em baixo)

                                         Capa do livro


                       A Câmara Municipal de Viana do Castelo fez-se representar pela Vereadora do Cultura, drª Maria José, por impedimento do presidente José Maria Costa, tendo proferido no decorrer da sua intervenção palavras de muito apreço e admiração pelo trabalho que aqui vem sendo feito, reiterando o propósito da edilidade em apoiar e incentivar iniciativas  que promovam o progresso e a identidade própria das freguesias do concelho.
 
Um grupo de mulheres de Lanheses entoando um cantar popular da freguesia
                     Um momento genuíno da natureza da gente da freguesia aconteceu quando Helena Brandão, no seu estilo desenvolto e bairrista cantou um número do folclore local ("...Lanheses, canteiro que o Lima meigamente amima, loucamente estima"), acompanhada pelas conhecidas anciãs Rosa de Lamas e Carma da Formiga e do coro formado pelos lanhesenses presentes.


                       Este notável evento terminou com um "verde de honra" a TODOS os presentes, proporcionando um raro momento de convívio e permuta de cumprimentos entre convidados do acto oficial e público em geral, dispensando a referência aos mais notáveis pelo exercício dos cargos oficiais e funções em que estão investidos neste momento, não deixando, porém, de registar o seu elevado número e relevância pública e social.

                     O livro "Lanheses a preto e branco" está disponibilizado até ao esgotamento da sua limitada edição ao preço simbólico de 5€, na sede da Junta de Freguesia.

 
     
          




       
 NOTA PESSOAL DO AUTOR DO BLOGUE.

                     Dedico este post a um menino especial muito corajoso e lutador com a promessa de que continuarei a estar aqui para lhe dar as notícias que ele gosta de saber e transmitir-lhe a minha certeza de que sempre há-de haver alguém que o faço depois de mim, quem sabe se não será ele próprio... 

                     Força "puto".

3 comentários:

  1. foi lindo! é lindo uma freguesia poder possuir e ter uma obra desta qualidade! são poucas as freguesias e até vilas ou cidades que tem uma obra com esta qualidade. tudo é história de Lanheses " os bons, os maus, os oprimidos, os que oprimiram... tudo é história...é uma obra do passado que fica para o presente e para o futuro. foi um atrevimento e uma ousadia enorme!é uma obra com espaço em qualquer biblioteca! qualidade impar! daí eu afirmar ser atrevimento e ousadia! o risco era grande mas os autores souberam puxar pelos galardões e valeu a pena pela obra apresentada. Lanheses deve estar orgulhoso! o executivo está de parabens!J.amaro

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  2. A celebração do Dia da Freguesia, com o lançamento do livro "Lanheses a Preto e Branco", foi um acontecimento louvável, e um bom contributo para a cultura em Lanheses.
    A partir de agora cada Lanhesense pode ter em casa uma selecção de belas fotografias que fizeram parte do nosso passado. Concerteza que outras, não menos importantes, aguardam nos albuns de nossas casas, também oportunidade de serem conhecidas. Talvez futuramente, até porque isto de selecionar o mais importante é sempre ingrato. Muita gente não fazia a minima ideia (eu inclusivé) da existência de algumas e tão importantes fotografias do passado da nossa terra. Parabéns à Junta de Freguesia por este importante passo na área da cultura. O unico senão deste livro (se é que isto é problema), e na minha opinião, é a qualidade do papel. Acho que a beleza de algumas fotografias (bem patente na exposição na J.Freguesia), foi "diluida" pelo papel utilizado pela tipografia. Sendo certo que o preço acessivel a todos também é um factor importante, e isso foi bem explicado pelo presidente da Junta de Freguesia, Ezequiel Vale. Os belos textos inseridos no livro, também demonstram, que é pena não se escrever mais sobre Lanheses.
    Cumprimentos a todos.
    Amaro Rocha

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  3. Muito obrigado Sr. Remigio um grande abreço...

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