À sombra da bananeira
Vive um melro cantador.
A cantoria é brejeira
Tem um som enganador.
Salta dum pra outro galho
Fazendo terrichinchim;
Finório como um alho
Vai de jardim pra jardim.
Anda nisto a toda a hora,
Tal artista espertalhão;
Bate as asas, vai embora
Por ser melro intrujão,
Fosse melro verdadeiro,
Em gaiola cantaria
Para gozo dum padeiro
E da sua freguesia.
Mas têm bico amarelo;
No todo, são um careto
Com máscara de ferro velho.
agosto, 10.2025
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