sábado, 11 de novembro de 2017
CASTANHAS ASSADAS EM RIMAS ESTRANHAS
Em véspera de São Martinho
o Largo da Feira animou
à volta de magustinho
que ali se realizou.
Castanhas em gravalha assadas
à maneira d'outros tempos
fazem mãos ensarranhadas
a limitar cumprimentos.
Não é que sejam precisos
todos ali se conhecem
chegam de largos sorrisos
as mãos na fogueira metem.
Uma, duas, três e quatro
de mão para mão a saltar
quentes e boas de trato
da casca é só separar.
-Ai, que ricas castanhinhas
salgadinhas, saborosas,
tal qual como sardinhas,
pequeninas mais gostosas.
Porém uma falta sinto
P'ra não entrar em aflição
talvez uma malguinha de tinto
Por que não de champarrion.
Não há tijela de barro
vai de copo de plástico
Um euro limpa o pigarro
e fermenta o suco gástrico.
A rima já vai extensa;
de tudo que falei antes
é ideia dos comerciantes
que assumiram a despesa.
Do Chico do café do Berto,
ao Zé da Clara, cabeleireiro,
Com o João da Junta (sempre) por perto
Muito fez Lena Arieiro.
Deu a pruma, vides secas, o sal,
atarefada jamais pára,
e se fosse caso para tal
até ofereceria a arara
que à sacada, acorrentada,
grasnava a todo o momento
contestando a música gravada
que se ouvia no evento.
Restaram as cinzas da pruma
e das castanhas a casca
Pequena é maior que nenhuma
A magustada na antiga Praça.
Que para o ano se repita
enquanto a arara der guita.
Coisa estranha aconteceu
nos registos na Canon:
das fotos que escolheu
uma tem assombraçon. (falar comum)
Terá sido da iluminação
ou da (já) toldada visão?
Eis a (vera) questão!
Quando a Canon começou a ver coisas...parecidas com um quadro de Vieira da Silva.
Antes disso acontecer, é o que a seguir se pode (também) oferecer do visto no cenário psicadélico de luz.
Fotos: doLethes
Remígio Costa
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