Nos dias 23 e 24 de Junho corrente, um grupo de alunos da Academia Sénior do IPVC, esteve envolvida numa ação de estudo na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (ESA), que ocupa desde 1990 o antigo convento do séc. XII situado na freguesia de Refóios, do referido concelho. A Escola é atualmente dirigida pela Drª Ana Paula, sendo frequentada por cerca de 550 alunos oriundos maioritariamente dos concelhos local, Viana do Castelo e Braga. A área agrícola tem cerca de 13 ha, onde se faz a cultura de produtos hortícolas em terreno aberto e em estufa, cultiva cereais, vinho (loureiro), tem criação de gado ovino e bovino autóctones do Mnho, aves da mesma origem de capoeira, porco bísaro e outros, produtos que são consumidos pela Escola e vendidos ao público.
A visita iniciou-se com um reconhecimento visual do espaço ocupado pela parte agrícola e instalações exteriores orientado pela Diretora, seguindo-se uma exploração do espaço interior orientado pelo dr. Tito Morais.
Exemplar da raça bovina autóctone
A seguir, ao grupo da AS foi proporcionada a oportunidade de conhecer de perto um projeto que decorre sob a orientação direta do engº agrícola Raul Rodrigues desde há já alguns anos o qual constitui uma interessantíssima reposição de diferentes qualidades de maçãs que deixaram de ser cultivadas na agricultura de subsistência do Minho sendo muitos raras já as espécies ainda existentes. Graças ao trabalho que está a decorrer e que envolve uma equipa com duas colaboradoras credenciadas, o número de espécies de macieiras supera já as oito dezenas, que o grupo da AS teve a possibilidade de conhecer "in loco" , ouvir as explicações pormenorizadas do técnico e observar as maçã ainda em crescimento, estando, segundo revelou aquele responsável, em preparação um livro com a descrição em pormenor de cada uma das espécies e outras indicações sobre enxertia, poda, tratamento biológico e reprodução natural, bem como o seu aproveitamento para consumo. Após o almoço na cantina da Escola, o grupo foi instruído na arte de bem enxertar em modo de borbulha e garfo numa ação que entusiasmou a maior parte dos participantes.
Maçãs porta de loja
MAÇÃS DE TRÊS AO PRATO
O segundo dia foi ocupado no período da manhã com uma visita ao bem apetrechado laboratório da Escola que decorreu sob o coordenação do engº químico Vírgílio, assessorado por dois alunos. Num workshop que principiou com uma sucinta lição sobre os solos e as suas especificidades, os visitantes foram desafiados a pintar um tema da sua escolha utilizando tintas feitas à base de matéria do solo com aditivo vidrado. Em quatro grupos, em breve os visitantes apresentaram quatro "obras primas" (ou filhas?), as quais, a avaliar pelas reações ouvidas no local (e posteriormente por quem entretanto as viu) ficaram, como agora soi dizer-se "espetaculares!".
NO LABORATÓRIO
Engº Virgílio
OS "PINTORES"
Esta memorável visita não podia deixar de ser concluída de forma tão surpreendentemente gostosa. Querem saber? Pois fomos júri numa prova sensorial de méis, nada menos do que cinco qualidades de igual número de origens a que se seguiu uma prova de queijos que deixou "todo o mundo" a salivar e com vontade notória de repetir! Foram coordenadores da ação o engº José Pires e uma colega cujo nome não registei mas ela também igualmente simpática e prestável.
OS TRABALHOS
PROVAS E SABORES
MÉIS
QUEIJOS
Inesquecível e muito proveitosa cultural e sentimentalmente esta visita que nos ofereceu uma oportunidade talvez única de conhecer melhor uma Instituição de enorme grandeza estrutural e de inquestionável utilidade para o avanço da agricultura e preparação de técnicos qualificados para aplicar novos processos e faze-la produzir muito mais e melhor.
O GRUPO DE ALUNOS DA AS
FOTOS: doLETHES
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