Braço do RHODODENDRON da família das ericáreas, orientado para dentro do jardim da Casa do Paço-Turismo de Habitação, da Casa d'Almada, em Lanheses.
A grande actriz Dona PALMIRA BASTOS, na última peça que interpretou no Teatro Avenida, em Lisboa, gravada ao vivo e transmitida posteriormente pela RTP, intitulada "As Árvores Morrem de Pé", que recordo como uma das mais interessantes que me foi dado ver na vida, concluiu a sua fabulosa interpretação, que seria também a derradeira da sua extraordinária carreira artística, com a frase -"Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores!"
O mesmo ramo, de outro ângulo.
Lembrei-me de evocar aqui a cena final da peça teatral em que a frase foi proferida e recuperar mentalmente tanto quanto possível a visão da figura austera da personagem de cabelo branco vestida de preto, hirta e de testa bem levantada, batendo nas tábuas do palco a bengala que segurava na mão direita, dando à deixa o tom dramático como só ela conseguia:-"Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores", para a tomar como ajustada metáfora de uma vida longa mas mesmo assim vida até ao limite, tal qual a do vetusto "Rododendro" da Quinta do Paço de Lanheses-Turismo de Habitação, da Casa d'Almada, o qual, iludindo a inexorabilidade do tempo continua a florir indiferente às muitas primaveras que já decorreram desde a primeira vez que isso aconteceu.
Mesmo com brechas abertas, o ramo aguenta-se e floresce.
Com efeito, do seu tronco de porte a imitar as árvores frondosas suas vizinhas, -ele que é um arbusto que superou a escala dos da sua espécie-, carcomido, sim, mas de pé, eleva dois braços onde corre seiva e nascem belas flores. Tal como acontece com as árvores, também os homens, podem, merecem e devem terminar as suas vidas, de pé.
O ramo sobre a estrada 202, também com flores.
RODODENDRO: O RESISTENTE QUE DESAFIA O TEMPO!
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